Compostagem
A compostagem pode ser definida como um processo aeróbio e controlado de reciclagem da matéria orgânica presente nos resíduos sólidos urbanos. A decomposição biológica e estabilização da matéria resulta em composto orgânico, cuja utilização no solo normalmente não oferece riscos ao meio ambiente. Técnicas de compostagem para grandes volumes de resíduos, a fim de atender a demanda das cidades, ainda são incipientes nos países da América Latina, contudo por meio de políticas públicas e incentivos é importante que a compostagem, como solução de tratamento e destinação final, sejam encorajadas.
Reciclagem
Este tipo de pré-tratamento envolve várias atividades interligadas e tem como principal objetivo a retirada de materiais diferenciados, o tratamento e o retorno destes ao ciclo produtivo, reduzindo o volume de resíduos a ser disposto nos aterros ou enviado a outros tipos de tratamentos finais, viabilizando, desta maneira, a redução de matéria-prima necessária aos processos produtivos industriais. A Lei brasileira 12.305/2010 traz como um de seus objetivos a efetivação da reciclagem, bem como o incentivo à indústria da reciclagem e reafirma a importância deste tratamento.
Após a segregação prévia, os resíduos podem ser triturados e o produto final, já em volume reduzido, pode ser reutilizado ou reciclado. A trituração é uma técnica complementar à reciclagem e à compostagem e contribui para a redução da granulometria do material e do custo de transporte. Entretanto, o mecanismo de trituração vai depender do tipo de resíduo a ser processado. Normalmente, os resíduos que são encaminhados à trituração são vidros, pneus e resíduos de construção civil e demolição.
Pirólise
Semelhante à incineração, porém menos difundida no Brasil e região, essa tecnologia realiza a destruição térmica de materiais orgânicos, com a diferença de que neste caso o processo é realizado na ausência total ou parcial de um agente oxidante e absorve calor. Assim, qualquer tipo de material orgânico se decompõe, dando origem a três fases: uma sólida, o carvão vegetal; outra gasosa; e finalmente, outra líquida, frequentemente designada de fração pirolenhosa (extrato ou bioóleo).
Coprocessamento
O coprocessamento é uma tecnologia empregada majoritariamente em países europeus, Estados Unidos e Japão há quase 40 anos. No Brasil, a técnica é utilizada desde o início da década de 90, na qual é realizada a queima de resíduos e de passivos ambientais (efluentes, óleos, solo contaminado, etc.) em fornos de cimento. O coprocessamento utiliza os resíduos como substituição parcial do combustível que mantém a chama do forno, transformando calcário e argila em clínquer, a matéria-prima do cimento, a ser utilizada na indústria.
Aterro Sanitário
Segundo a Norma Técnica 8.419 (ABNT, 1987), aterro sanitário é uma técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo sem causar danos à saúde pública e à sua segurança, minimizando os impactos ambientais. Este método utiliza princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos à menor área possível e reduzi-los ao menor volume permissível, cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão de cada jornada de trabalho, ou a intervalos menores, se for necessário. Nos aterros devem ser depositados somente os rejeitos dos resíduos sólidos, sendo respeitada a ordem prioritária de gestão: não geração, redução, reutilização, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos. Ainda que o custo operacional deste tipo de unidade esteja entre os mais baixos e que seja muito difundida, antes da sua implantação há que se garantir a impermeabilidade do terreno, o controle do chorume e do gás metano, a população do entorno, o tamanho da área necessário e, mais ainda, que sejam destinados somente rejeitos. Para otimizar a gestão, buscar a administração consorciada de aterros sanitários é um caminho possível.